As luzes brilham claramente pelo nevoeiro de sódio.
A noite se aproxima e a luz do dia se vai.
Ignore as vozes, rejeite o dia,
Pela novíssima escuridão, pelo reluzente êxito.
Bem, devem ter havido planos melhores
Mas nenhum que eu pudesse entender.
O sinal da esmeralda, o verde sobre o preto...
As luzes dizem: "mova-se"; dizem: "nunca olhe para trás".
E então eu encontro outro lugar onde eu nunca fui visto.
Encontro outro lugar onde a chuva fica verde.
Onde a esmeralda cintila na escuridão novamente.
Onde a esmeralda cintila na chuva.
As luzes brilham claramene pelo nevoeiro de sódio
A noite se aproxima e a luz do dia se vai
Mas há uma voz distante, quieta e clara,
Dizendo algo que eu nunca quis ouvir.
Bem, devem ter havido planos melhores
Mas nenhum que eu pudesse entender.
Eu vejo a esmeralda, vejo o sinal, vejo o verde sobre o preto.
Eu vejo as luzes dizerem: "mova-se", dizerem: "nunca olhe para trás".
E então eu encontro outro lugar onde eu nunca serei visto.
Encontro outro lugar onde o vermelho vira verde.
Onde a esmeralda cintila na escuridão novamente
Onde a esmeralda cintila na chuva, chuva, chuva
E eu estou feliz aqui
Na chuva
Na chuva
Na chuva, na chuva eu estou feliz aqui
Na chuva
Onde a esmeralda cintila na chuva.
Lights
Some Girls Wander By Mistake
Mercyful Release
1992
[Das Ich: “Dorn”]
Vejo-me envolto em escuridão. E isso sem dúvida alguma me agrada. Talvez por “imaginar minha vida como um musical dos anos
[Opera IX: “Act II: Beyond the Black Diamond’s Gate”]
“A luz brilhando claramente pela neblina de sódio. A noite se aproxima e a luz do dia se esvai.” – assim foi dito por Andrew Eldritch em sua irrepreensível obra “Lights”. Ele, também, um dos que sarcasticamente zombava da luz. Zombava da “pseudo-fé” dos seguidores da luz. Mas será que, ao referir-se à luz, fala-se da entidade, do fenômeno, da companhia elétrica ou simplesmente da inocente e descompromissada alegria que causa inveja aos que residem na escuridão? Abram suas mentes, pois, uma vez aberta, assim como o esfíncter, ela nunca mais voltará ao tamanho original.
[Diamanda Galás: “Je Rame”]
Delimitemos o que seria, então, o caminho da luz. De acordo com minha vida e experiência de 22 invernos, o caminho da luz:
· Excomunga os que caminham na escuridão;
· Afirma desejar que a humanidade lhe siga;
· Faz uso de poderes da escuridão em nome da manutenção de sua própria glória;
· Domina mentes, se mostra belo e vistoso aos olhos de todos e invariavelmente responsabiliza à escuridão por suas próprias atrocidades.
Mas neste estranho panorama, agora que está delimitado o que caracteriza o caminho da luz, eu tenho algumas observações a realizar acerca de cada tópico iluminado. Primeiramente, parece-me extremamente estranho afirmar desejar todos sob a glória da luz, e ao mesmo tempo, excluir e execrar os que vagam pela escuridão. Estranho, mas coerente, afinal, nestas engrenagens de pensamentos, uma chave inglesa travou todo o funcionamento da máquina da seguinte maneira: SE não há luz para todos, a escuridão é absolutamente necessária. SE os que permanecem na luz calcam suas posições nas costas dos que vagueiam em trevas, elevar as trevas à condição de iluminação significaria perderem seu sólido e ebâneo alicerce. SE não faz sentido as trevas desejarem socorro por parte da luz, e muito menos sentido faz as trevas desejarem se igualar à luz, se faz necessária a destruição da luz.
[Therion: “Clavícula Nox”]
Sim, meus caros. As trevas hão de dominar, após a morte da luz.
[PJ Harvey: “Pocket Knife”]
E no mundo pelas trevas construído e dominado, a luz há de se curvar. A luz que hoje dá esmolas para afastar o remorso da consciência [e talvez o lixo humano da sociedade] haverá de se arrastar, descalça, suja e trajando trapos, nas estações de metrô por ela outrora freqüentadas. A luz que hoje desrespeita a individualidade e as idiossincrasias haverá de ter como único ponto de igualdade a dor eterna! A luz que hoje incinera o prostíbulo após o devasso e delicioso orgasmo lá obtido, haverá de encontrar seu destino com a genitália esmagada sob saltos agulha das mesmas prostitutas deformadas que lhe entregaram os corpos para a “negra luxúria”.
[The Sisters of Mercy: “Body Electric”]
E por que tudo isso, você deve estar se perguntando, não é? A resposta é simples, simples como beber água: Dor. A luz causa dor. A luz deve ser destruída em meio ao mar de dor por ela criado.
Relato de quem teve costas, joelhos e auto-estima feridos pela luz, e que hoje dedica sua existência à destruição da mesma.
Nine Inch Nails: “Closer”
4 comentários:
Mta luz é cegante... Essas pessoas mto ilumindas acabam sendo cegadas. E quem vive na escuridão, não tem esse problema. Chega uma hora que a gnt até se acostuma com o escuro, e passa a enchergar...
Eu não sei dizer como sou. Se sou mais luz do que escuridão ou vice versa. A Amanda fala que eu sou uma antítese. Acho que na verdade eu busco o equilibrio dos dois. (palavras de uma futuro designer, o equilibrio é quase tudo).
Anyway...
Bjos e td de bom!
eu vou precisar de um tempo pra refletir sobre a questão
hehehehe
mas eis um comentario que oui essa semana mesmo sobre o tema:
Ás vezes o melhor é ficar no escuro, pois se na escuridão há medo, há também a esperança.
beijos my dear.
Severina!
credo allan! às vezes você me assusta, sabia?!
beijo!
Amo a escuridão,pois nela mesinto segura.Mas definitivamente,prefiro ser uma filha da luz.
Ps:huhuhu,Systers of Mercy inventou Matrix!
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